Minha vida como torcedor de arquibancada começa no meio dos anos 80, morando por 2 anos no Vale do Paraíba, devido meu pai ter sido transferido pra Volks de Taubaté, fui, levado por um amigo dele da firma, que ia levar o filho e me levou também no Estádio Joaquinzão, assisti à Taubate 0x1 Palmeiras, meu primeiro jogo no estádio, com 9 anos.
Depois voltei pra capital e estreiei no Pacaembu, num derby 3x0 pro rival. Levado pelo meu tio Lagartixa (in memoriam), que era um puta palmeirense, diferente do irmão dele, meu pai, que não gostava de futebol e torcia pra Argentina na Copa.
Não parei mais, fui outros jogos com meu tio, depois aprendi o caminho, Parque Antarctica, Pacaembu e clássicos era quase sempre Morumbi.
Fui frequente de 88, 89 até 1996. Depois do título paulista de 96,9 vitória contra o Santos na última rodada, me afastei, por alguns motivos, a violência das torcidas foi só um dos motivos, tinha também meu noivado, precisava construir uma casa em cima da sogra, falta de grana. Casei em 98, em 99 até queria ter ido à final da libertadores, mas não consegui ingresso, quando começou vender eu estava sem grana e esgotou rapidamente. Ai virei torcedor de radinho, como a gente dizia na época, nunca abandonei, acompanhava pela TV e rádio, não tinha internet.
Meu filho Evandro nasce em março 2000 e em 2009, com 9 anos, mesma idade que eu fui em Taubaté, ele exigiu ver um jogo, fomos Palmeiras 2x1 Coritiba, no antigo Palestra, eterno Jardim Suspenso.
Não paramos mais, morei 7 anos na Casa Verde, bairro próximo do Allianz Parque e do Pacaembu, nesses anos, fomos bastante, anos de série B e times pra lá de suspeitos, mas virou e não paramos mais de ganhar títulos, vi alguns ao vivo, sem dinheiro pra Montevidéu, Abu Dhabi, mas fomos uns bons jogos, RJ, BH, Buenos Aires (vitória em La Bombonera), e em 2022, fomos juntos, sempre eu e meu filho Evandro, na Final da Copinha, estréia do Feminino e vários jogos do time profissional masculino, final da Recopa, Paulista, 2 Derby (Allianz e Arena Barueri), enfim, derrota pro Ceará, que um dia todo time perde.
Escrevi sobre tudo isso e muito mais, no livro "Torcida Que Canta e Vibra", meu décimo oitavo da carreira, que lanço amanhã no Bar Sol y Sombra na Bela Vista.
Gratidão Palmeiras, sempre presente na minha vida.
Alessandro Buzo, 49 anos.
Escritor, cineasta e torcedor
Twitter: @BuzoSEP










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