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PALMEIRAS TRI CAMPEÃO PAULISTA 2022, 2023, 2024.




Domingo, 07 de Abril de 2024 aconteceu a Final do Paulistão 2024 e o Palmeiras se consagrou Tri Campeão Paulista, 22, 23, 24.
Mas vamos começar essa história bem antes da bola rolar.
Meu dia começa na Freguesia do Ó, onde eu e meu filho Evandro aviamos dormido na casa de amigos da cultura, nada a ver com futebol. A gente tinha vindo de um outro rolê e ficamos por lá, por ser perto do Allianz Parque, em vez de voltar pro Itaim Paulista no Extremo Leste e vir no dia seguinte de novo pro centro, 40km até a quebrada.
Saímos da casa dos amigos, 10h da manhã, direto pro Allianz Parque.
Chegamos antes das 11h da manhã, sendo que o jogo seria só 18h. Mas de boa, o entorno do Palmeiras é incrível, ainda mais no dia de uma decisão.
Tinha vaga pra parar o carro na rua, mas como tinha 2 bolsa e meu computador optei por um estacionamento, os próximos do estádio, com preços abusivos entre R$ 50,00 e R$ 70,00. Parei em um perto do Memorial da América Latina, pouco depois da Estação Barra Funda, de onde muitos torcedores desembarcam e vão até o estádio a pé. Lá, mais longe, paguei R$ 30,00 num 24h, poderia se confirmar o título, comemorar com calma e sem pressa.
Chegamos e ficamos ali entre Rua Palestra Itália e Rua Caraíbas, ambiente verde, vibe boa. Em dia de final, nesse horário cedo tem muita gente circulando que vem de cidades do interior, litoral e outros estados.
No whatsApp, fiquei sabendo que Silvio Martins, amigo de São Carlos-SP, chegou no "posto de gasolina", carona de carro com outros dois, o Felipe Bianchi, filho do Silvião, também já estava chegando, marcamos de almoçar no Bar e Lanches Palmeiras, desde 1962, administrada por baianos, na Palestra Itália, comida BB, boa e barata. O Derlei, outro amigo, ia almoçar com a gente, os amigos que vieram com o Silvião também colou, não conhecia eles, um é irmão do Carinhoso, que dividiu Pousada com a gente na final da supercopa em BH e também depois chegou pro jogo com a esposa numa VAN.
Comemos e fomos pro Pré Jogo na Caraíbas, cerveja e mais cerveja, o tempo foi passando, a rua foi enchendo, a cada hora ficava mais cheio, ai mistura quem vai entrar no estádio e quem venho ver nos bares do entorno.
O clima era de confiança total, um clima bom, uma certeza de virar a derrota na primeira partida da final, quando o Santos na Vila Belmiro venceu por 1x0. Foi assim em 2022 contra o São Paulo, ida 3x1 pro adversário e volta 4x0 pro Palmeiras, no ano seguinte, 2023, ida 2x1 pro Água Santa e na volta em casa no Allianz, de novo 4x0 como ano anterior.
- O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor.
Essa música não nasceu agora, mas nunca fez tanto sentido, aliás quem curte ela é ninguém mais, ninguém menos que Abel Ferreira, que com o Tri do Paulistão, agora tem 10 títulos em quase 4 anos no clube, surreal no Brasil um técnico tanto tempo no cargo, com o décimo título ele iguala Osvaldo Brandão, como os técnicos que mais ganharam títulos, lembrando que só o Abel pode ganhar o décimo primeiro, já que o Osvaldo Brandão é de outra época.
No pré jogo são pessoas de todas as idades, de crianças a pessoas da melhor idade. Rola muita bebida, porque é domingão, final, torcida.
A T.U.P., torcida mais antiga do Palmeiras, desde 1970, abriu uma lojinha na Caraíbas, era a estreia, tomamos alguns chopp artesanal lá, muito bom. Ficamos também pelo bar Barões Alvi Verdes. Na chegada falei com o Cris, do tradicional Bar "O Sobrado", tem uma rapa que prefere mais acima o Dom Xixo e tantos outros bares, novos ou antigos, tradicionais ou só comerciais.
Que bom que almoçamos, seria um erro beber sem comer antes.
Chega mais amigo, chega o amigo do amigo, chega mais gente de São Carlos-SP, parte de quem vem de lá cola na nossa banca, porque tem o Felipe Bianchi e o Aislan Maciera, que são de lá e é do nosso bonde, pensamos em por um nome no grupo, não uma torcida organizada, mais um coletivo de palmeirenses, mas o pessoal preferiu que não, deixa só ficarmos juntos mesmo, no pré jogo, bebo todas que vier, parte na arquibancada, ficamos no alto, grudado na Mancha Verde, mais pro lado do Gol Norte, que divide com a central leste.
A partir desse momento que a rua já está cheia, batuque, cantoria, fogos, gente vendendo, gente comprando, abraços, encontros, a partir desse momento a hora voa, decidimos encaminhar pra entrar às 16h50, uma hora e dez antes da bola rolar, com público de mais de 41 mil pagantes, se deixar pra última meia hora, complica e pode passar stress. Onde a gente fica, a Rua Caraíbas, é do outro lado da nossa entrada, o Gol Norte das organizadas, a gente pega a esquerda a Rua Palestra Itália, onde é a entrada do Gol Sul, cruza por dentro do estacionamento do Shopping Bourbon e saímos na tradicional Av Francisco Matarazzo, onde tem a entrada principal do estádio, a frente digamos assim e o Gol Norte, além de acesso ao Superior Norte é ali. Esse rolê é todo jogo, na ida com certeza, na volta nem sempre voltamos pro outro lado, jogo comum geralmente na saída já "vazamos" dali, sem voltar a Caraíbas, mas final, se der bom, certeza de Pós Jogo.
Mas, nem tudo são flores, optei por não beber pós jogo, porque iria dirigir depois.
Antes vamos ao jogo.
A energia das ruas migrou pra arquibancada, o jogo nem havia começado e a festa já era gigante.
Foi quando surgiu o melhor, mais bonito e mais criativo mosaico já visto no Brasil.
No gol sul, surgiu a bandeira de portugal, feita em tiras de plástico jogadas do Superior. Depois da bandeira em homenagem ao Abel Ferreira, as fitas viraram azul "do mar", placas de plástico azul, também na mão dos torcedores da central leste, ai surge uma bandeira gigante do Abel numa caravela, a bandeira do barco começa a andar no mar azul, se dá início uma OLA, o movimento dos torcedores balançando os braços, no caso da central, onde a bandeira "navegava", fazia um mar azul se mexer como um mar bravo, por causa das placas de plástico azul na mão dos torcedores, a cada andada da caravela, surgia de trás dela, um outro mosaico com as taças já conquistadas pelo ABEL. Foi surreal de criativo, de bonito e de emocionante. Parabéns MANCHA ALVI VERDE (Oficial), aula de arquibancada.
COMEÇA O JOGO.
A partida se inicia, jogo pegado, jogado, chance pros dois lados.
Numa enfiada de bola, Endrick surge entre o zagueiro e o goleiro do Santos e sofre pênalti, o juiz não dá em campo, mas com auxilio do VAR a penalidade máxima é marcada e gol do Raphael Veiga, Palmeiras 1x0, placar que levaria a partida pra decisão por pênaltis.
Segundo tempo, jogo segue disputado, mas o Palmeiras entra melhor e começa pressionar em busca do gol do título, como o Santos venceu a ida na Vila Belmiro por 1x0, uma diferença de 2 gols dava o título no tempo normal ao Palmeiras, numa jogada só de gringos, Piquerez cruza, Flaco López faz assistência de cabeça e Anibal Moreno, melhor contratação do ano, desvia do goleiro e faz 2x0.
Festa nas arquibancadas, festa nas ruas, vale lembrar que além dos 41 mil dentro, milhares ficaram no entorno, sem ingresso, mas inserido no clima de estádio que é a Caraíbas.
Depois vem a tensão de segurar o resultado, Santos não tinha mais nada a perder e venho pra cima, mas suportamos até os 45 minutos e mais 6 de acréscimos, até o apito final.
PLAMEIRAS TRI CAMPEÃO PAULISTA 2022, 2023, 2024, um feito que tínhamos alcançado 90 anos atrás em 1933.
Vale lembrar que pós jogo os santistas estão chorando pelo pênalti, que todo jornalismo esportivo (geralmente corinthiano e anti Palestra) diz que foi, mas o choro é livre. Os caras são nosso maior vice, desde a Copa do Brasil de 2015, incluindo uma copinha (a primeira, inédita), foram 7 vezes nosso vice, incluindo a Libertadores 2020 com o lendário gol de Breno Lopes no final.
Ficamos em êxtase na arquibancada, esperamos levantar a taça e fomos em festa pra Caraíbas.
Lá estava intransitável, não dava pra andar de tanta gente, ficamos uma meia hora e desistimos, o bar em frente onde paramos, acabou a cerveja.
Fomos pro posto de gasolina no início da Av Sumaré, ao lado do estádio, lá também tinha a festa, comemoração, mas num clima bem mais tranquilo.
Por consciência, decidi não beber porque iria dirigir, ficamos ali até quase uma da manhã, resisti a "chevette" (uma bebida que fica sabor yakult, mas não contém yakult), kariri com mel, whisk, cerveja.
Não iria voltar para casa, nem no Itaim Paulista, nem no Litoral Norte, eu e meu filho íamos pro apartamento do Felipe Bianchi no Paraíso, nós três e o Silvio Martins, pai dele.
Depois de muito ver eles beber, mas de boa quanto a isso, resolvemos ir, boa parte por eu não estar bebendo, chegou uma hora que não dava mais.
Chegando no apartamento, pedimos pizza, eu já podia beber e ficamos vendo vídeos da final pela madrugada, entrevista do Abel e tudo mais que tinha direito.
Narrei pra vocês passo a passo, pra passar como é um dia de final, como é a emoção de ser campeão no estádio, do Tri Campeonato eu estava nas três finais. Nessa campanha do Paulistão eu fui quase todos jogos em casa e alguns fora, contra São Bernardo, Santo André e no Canindé contra a Lusa. Lembrei da música que a torcida canta: - PORCO, CONTA COMIGO, NESSA CAMPANHA QUERO SEMPRE ESTAR CONTIGO.
Abel Ferreira, obrigado por você existir, espero que fique mais tempo ainda no comando do Palmeiras, gratidão eterna por tantas conquistas, você e sua comissão técnica, tem mérito nisso, além dos jogadores, orgulho dessa terceira academia, jogadores comprometidos como sempre sonhamos e pedimos.
O Palmeiras é uma das maiores alegrias da vida.
Não dá pra explicar, amamos na vitória e na derrota, não abandonamos nem nas duas série B, voltamos em campo e reescrevemos de novo o roteiro, fazendo do Palmeiras o maior campeão do Brasil, sem sombra de dúvidas.
Enquanto os rivais ficam de chacota, dizendo que não temos mundial (respeita o primeiro campeão em 1951), mas a eles só sobrou isso, eles falam e nós ano após ano, seguimos empilhando taça.
O Palmeiras é gigante, orgulho de fazer parte.
Alessandro Buzo
escritor, cineasta e torcedor
Autor dos livros: Torcida Que Canta e Vibra (2022), Maior Campeão do Brasil (2023) e vem ai "Alma e Coração"























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